Tempos e elementos da natureza, nada escapa na prosa do César, e isso não é novidade para quem o conhece. Exímio prosador, tão e tanto que aqui a vida vem bem ao seu compasso, ao seu modo de observar e expressar. Há que se atentar a isso, para César, o mundo é um ambiente movente de elementos físicos e metafísicos, tudo misturado num mesmo tempo narrativo, figurando uma avenida de existências. É um grande mercado árabe vibrando especiarias expressivas.

Como tempo é a existência de tudo, então, essas crônicas, no ponto mesmo de jogos com flashcards, trazem um trânsito frenético de vidas: passadas, presentes... futuras, temperadas com conteúdo e forma, de onde nascem significantes e significados: as emoções. Sim, o leitor não pode deixar de degustar temperos e conexões harmonizadas do naipe de “gárfios” e “Bob ’s” de Verenice: Very Nice, César!..., entre tantos outros flashcards que narram sensações, que vão de uma comoção sublime a um folgado riso: e quer mais frenesi do que em um centro de comércio, uma feira livre!? Sabe-se que o homem deixou de ser coletor e caçador quando desenvolveu seu modo cognição, daí desenvolveu a ficção, depois descobriu as transações de suas produções, e deu no que somos hoje. Árabes, chineses; os portugueses do renascimento sabem bem disso. E nesta “Vida a Granel” bem encontramos esses modos humanos: ou modos Sapiens. Vá e prove isso em Primórdios: Dona Eva, Seu Jurandir; Seu Dimas... Perceba o quanto Keynes dormirá satisfeito nestas crônicas: “P’ra que tudo não seja soja, é necessário que alguém plante feijão, nos ensina o narrador.  Ainda, dê um passo à frente, e não deixe passar batido o veloz sonoro jogo linguístico em “seja soja”. A lírica mora aqui!

Falando em Sapiens, veja no exemplo acima que, mesmo sendo prosa fundamental, aqui encontramos inúmeros recursos da lírica, prova de que, para o César, a realidade de um dia a dia resvala nos efeitos da lírica. Aliás, nosso autor vem de belas produções no campo da poesia. Então, se, por um lado, o tempo presente é fundamental, nestes tempos de “Vida a Granel”, tudo de físico fica muito fugidio, muito Gôndolas: muito “Eu canto porque o instante existe”, diria Cecília. Por isso, quebre o jogo instantâneo dessas crônicas, prove devagar, demore um pouco em cada flashcard e verá que há sempre um narrar ecumênico, resgatando povos, ensinando algo, brincando com idiomas, modos de perceber o mundo, numa comunicação precisa, cativante, como deve ser um hábil mercador árabe.

São flashcards girando jogos linguísticos, harmonias; o César não perde um bom efeito linguístico, bem a granel, vapt-vupt: intenções provocativas, testando nosso lado Sapiens. É uma grande metonímia narrativa: cada grão de café que passa pelo moedor da primeira crônica chega a nós num minimézimo pó, de formar sabor bem familiar destes nossos tempos: horas, dias, meses, anos: vidas; que, antes do moedor, giravam em círculo metafísico sobre o autor, ao fim e ao cabo, transformadas num delicioso cafezinho, para se tomar aos curtos goles, chuup!, a cada hora, a cada efeito, e ficar com  um bom sabor mental; bem a Granel: sensorial.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Vida a Granel
Autora: César Magalhães Borges
Editora: Reformatório
ISBN: 978-85-66887-65-5
Idioma: Português
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 96

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Vida a granel

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Tempos e elementos da natureza, nada escapa na prosa do César, e isso não é novidade para quem o conhece. Exímio prosador, tão e tanto que aqui a vida vem bem ao seu compasso, ao seu modo de observar e expressar. Há que se atentar a isso, para César, o mundo é um ambiente movente de elementos físicos e metafísicos, tudo misturado num mesmo tempo narrativo, figurando uma avenida de existências. É um grande mercado árabe vibrando especiarias expressivas.

Como tempo é a existência de tudo, então, essas crônicas, no ponto mesmo de jogos com flashcards, trazem um trânsito frenético de vidas: passadas, presentes... futuras, temperadas com conteúdo e forma, de onde nascem significantes e significados: as emoções. Sim, o leitor não pode deixar de degustar temperos e conexões harmonizadas do naipe de “gárfios” e “Bob ’s” de Verenice: Very Nice, César!..., entre tantos outros flashcards que narram sensações, que vão de uma comoção sublime a um folgado riso: e quer mais frenesi do que em um centro de comércio, uma feira livre!? Sabe-se que o homem deixou de ser coletor e caçador quando desenvolveu seu modo cognição, daí desenvolveu a ficção, depois descobriu as transações de suas produções, e deu no que somos hoje. Árabes, chineses; os portugueses do renascimento sabem bem disso. E nesta “Vida a Granel” bem encontramos esses modos humanos: ou modos Sapiens. Vá e prove isso em Primórdios: Dona Eva, Seu Jurandir; Seu Dimas... Perceba o quanto Keynes dormirá satisfeito nestas crônicas: “P’ra que tudo não seja soja, é necessário que alguém plante feijão, nos ensina o narrador.  Ainda, dê um passo à frente, e não deixe passar batido o veloz sonoro jogo linguístico em “seja soja”. A lírica mora aqui!

Falando em Sapiens, veja no exemplo acima que, mesmo sendo prosa fundamental, aqui encontramos inúmeros recursos da lírica, prova de que, para o César, a realidade de um dia a dia resvala nos efeitos da lírica. Aliás, nosso autor vem de belas produções no campo da poesia. Então, se, por um lado, o tempo presente é fundamental, nestes tempos de “Vida a Granel”, tudo de físico fica muito fugidio, muito Gôndolas: muito “Eu canto porque o instante existe”, diria Cecília. Por isso, quebre o jogo instantâneo dessas crônicas, prove devagar, demore um pouco em cada flashcard e verá que há sempre um narrar ecumênico, resgatando povos, ensinando algo, brincando com idiomas, modos de perceber o mundo, numa comunicação precisa, cativante, como deve ser um hábil mercador árabe.

São flashcards girando jogos linguísticos, harmonias; o César não perde um bom efeito linguístico, bem a granel, vapt-vupt: intenções provocativas, testando nosso lado Sapiens. É uma grande metonímia narrativa: cada grão de café que passa pelo moedor da primeira crônica chega a nós num minimézimo pó, de formar sabor bem familiar destes nossos tempos: horas, dias, meses, anos: vidas; que, antes do moedor, giravam em círculo metafísico sobre o autor, ao fim e ao cabo, transformadas num delicioso cafezinho, para se tomar aos curtos goles, chuup!, a cada hora, a cada efeito, e ficar com  um bom sabor mental; bem a Granel: sensorial.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Vida a Granel
Autora: César Magalhães Borges
Editora: Reformatório
ISBN: 978-85-66887-65-5
Idioma: Português
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2019
Número de páginas: 96

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