No registro do Houaiss encontramos sinonímia entre cuspe e perdigoto, mas nos códigos que regem a existência neste lugar de misérias há, entre eles, um abismo incontestável. O perdigoto, politicamente, está no campo da hipocrisia. São gotículas que saem das bocas dos moralistas enquanto eles proferem o avesso da escatologia e envenenam tudo quanto podem.

A partir de Georges Bataille, epígrafe de Amanda Chraim, neste Cuspe encontramos textos que sugerem um jogo entre corpo, cena, escritura, presença-ausente e, como Drummond, a falta que ama. Amanda impõe, assim, o obsceno como exercício e vai ainda além ao articular uma espécie de gramática dos fluidos (uma política do cuspe, talvez?). Ela nos recupera o corpo como fonte essencial de erotismo, de desejo, de gozo: a capacidade que ele possui de se subverter e se libertar da subjugada moral organizada, como ela mesma escreve.

Aqui, o cuspe desliza e se insinua também, ou sobretudo, pelas palavras: língua, sexo, raiva, diabo, desejo, lambança. É um livro molhado. Um livro molhado e político – e que haja muito leite mal para se jogar na cara dos caretas.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Cuspe
Autora: Amanda Chraim
Tradução:
Editora: Mórula Editorial
ISBN: 978-65-81315-36-8
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 12 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2022
Número de páginas: 48

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No registro do Houaiss encontramos sinonímia entre cuspe e perdigoto, mas nos códigos que regem a existência neste lugar de misérias há, entre eles, um abismo incontestável. O perdigoto, politicamente, está no campo da hipocrisia. São gotículas que saem das bocas dos moralistas enquanto eles proferem o avesso da escatologia e envenenam tudo quanto podem.

A partir de Georges Bataille, epígrafe de Amanda Chraim, neste Cuspe encontramos textos que sugerem um jogo entre corpo, cena, escritura, presença-ausente e, como Drummond, a falta que ama. Amanda impõe, assim, o obsceno como exercício e vai ainda além ao articular uma espécie de gramática dos fluidos (uma política do cuspe, talvez?). Ela nos recupera o corpo como fonte essencial de erotismo, de desejo, de gozo: a capacidade que ele possui de se subverter e se libertar da subjugada moral organizada, como ela mesma escreve.

Aqui, o cuspe desliza e se insinua também, ou sobretudo, pelas palavras: língua, sexo, raiva, diabo, desejo, lambança. É um livro molhado. Um livro molhado e político – e que haja muito leite mal para se jogar na cara dos caretas.

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Autora: Amanda Chraim
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Editora: Mórula Editorial
ISBN: 978-65-81315-36-8
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 12 cm
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Ano de lançamento: 2022
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