"Esta couraça feita de poesia & de orgulho, como vemos na epígrafe de Flaubert que abre o livro, entrelaçando ferro & ouro numa cota de malha, é, portanto, delicadeza dos que vivem, porém também máquina de guerra; nem se pode esperar um fio de cabelo a menos que isso da poesia contemporânea. É a máquina dos hoje fatigados, que sabem que não podem esperar nada de imortal neste mundo (immortalia ne speres nos diz um título; enquanto o último poema é um corte frasal, como a própria morte, fazendo do fim um circuito ou um avesso) que se reafunda em autoritarismos canhestros, farsa de farsa de farsa, que só do lado dos massacrados cheira a tragédia.

Porém num ponto Villa salta ainda além do recrudescimento (ou mesmo da redemanda) de uma poesia ativista: seu olhar crítico, duro, incisivo ao longo de pequenas sátiras, tem também o dom de um universo iluminado — tem a busca de belezas, assim plurais, sem o velho monocorde do belo — tem nisso o germe de um mundo que, terminando, precisa ser ainda uma vez recomeçado, um pulso de vida alucinado (“extensão dos cabelos, estrelas” é um desses muitos punti luminosi). Livro tantas vezes começado, agora chega, vindo de mais de uma década atrás, marcado pelo passo desta última década, como se feito exatamente agora."

Guilherme Gontijo Flores

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Couraça
Autor: Dirceu Villa
Editora: Laranja Original
ISBN: 978-65-8604-205-4
Idioma: Português
Altura: 20 cm
Largura: 13 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2020 
Número de páginas: 172

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"Esta couraça feita de poesia & de orgulho, como vemos na epígrafe de Flaubert que abre o livro, entrelaçando ferro & ouro numa cota de malha, é, portanto, delicadeza dos que vivem, porém também máquina de guerra; nem se pode esperar um fio de cabelo a menos que isso da poesia contemporânea. É a máquina dos hoje fatigados, que sabem que não podem esperar nada de imortal neste mundo (immortalia ne speres nos diz um título; enquanto o último poema é um corte frasal, como a própria morte, fazendo do fim um circuito ou um avesso) que se reafunda em autoritarismos canhestros, farsa de farsa de farsa, que só do lado dos massacrados cheira a tragédia.

Porém num ponto Villa salta ainda além do recrudescimento (ou mesmo da redemanda) de uma poesia ativista: seu olhar crítico, duro, incisivo ao longo de pequenas sátiras, tem também o dom de um universo iluminado — tem a busca de belezas, assim plurais, sem o velho monocorde do belo — tem nisso o germe de um mundo que, terminando, precisa ser ainda uma vez recomeçado, um pulso de vida alucinado (“extensão dos cabelos, estrelas” é um desses muitos punti luminosi). Livro tantas vezes começado, agora chega, vindo de mais de uma década atrás, marcado pelo passo desta última década, como se feito exatamente agora."

Guilherme Gontijo Flores

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Autor: Dirceu Villa
Editora: Laranja Original
ISBN: 978-65-8604-205-4
Idioma: Português
Altura: 20 cm
Largura: 13 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2020 
Número de páginas: 172

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