Antonin Artaud (1896-1948), poeta, dramaturgo, surrealista, xamã, recusou expressar-se através somente da expressão artística, o autor da visão trágica, cuja violência sensorial que trazia pro teatro buscava a imanência do gesto na linguagem inaugural ao destruir a “palavra soprada” e deixar que falasse pelo movimento da língua para “devolver à arte a noção de uma vida apaixonada e convulsiva”. Em Carta à vidente, Artaud se despe diante da cartomante que visita, cujos olhos “percorrem vertiginosamente” as fibras de seu corpo e extirpa o mal do pecado. Artaud coloca-se aberto ao “abraço do mais-querer querendo mais amar”, ou do Grande Desejo, explicitado no texto de Sergio Lima “As cartas do vidente e vidências das cartas de amor”, que completa a edição. Artaud segue as linhas de Arthur Rimbaud em “Carta do vidente”, duas cartas manuscritas de 1871, onde o último fez do poeta “vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos”. Segundo Sergio Lima, é lá que se descortina “a revelação na poesia do feminino e da mulher”, que se estabelece a “linhagem da fascinação que se dá na troca e no encontro de corpo e alma, os dois batendo num só́ coração”.

O livro que a editora 100/cabeças acrescenta ao catálogo insurgente tem cuidado especial com encadernação em sanfona, que, retirada do estojo, abre-se como leque de cartas. Os dois textos espelham-se como duplos de uma moeda giratória, à própria sorte do leitor e intercalando as palavras do dramaturgo francês com os desenhos do português António Gonçalves, corporeidade transbordante que derretem por páginas (des)pautadas. O livro é carne sem corpo, desejante, plasmática, alquímica, consoantes com uma das definições do teatro pelo próprio Antonin Artaud, como “terra do fogo, lagunas do céu, batalha dos sonhos”.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Carta à Vidente
Autor: Artaud, Antonin; Lima, Sergio
Editora: Amelì / 100/cabeças
ISBN: 978-65-87451-00-8
Idioma:  Português
Altura: 23 cm
Largura: 15,5 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2020 
Número de páginas: 32

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Carta à Vidente

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Antonin Artaud (1896-1948), poeta, dramaturgo, surrealista, xamã, recusou expressar-se através somente da expressão artística, o autor da visão trágica, cuja violência sensorial que trazia pro teatro buscava a imanência do gesto na linguagem inaugural ao destruir a “palavra soprada” e deixar que falasse pelo movimento da língua para “devolver à arte a noção de uma vida apaixonada e convulsiva”. Em Carta à vidente, Artaud se despe diante da cartomante que visita, cujos olhos “percorrem vertiginosamente” as fibras de seu corpo e extirpa o mal do pecado. Artaud coloca-se aberto ao “abraço do mais-querer querendo mais amar”, ou do Grande Desejo, explicitado no texto de Sergio Lima “As cartas do vidente e vidências das cartas de amor”, que completa a edição. Artaud segue as linhas de Arthur Rimbaud em “Carta do vidente”, duas cartas manuscritas de 1871, onde o último fez do poeta “vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos”. Segundo Sergio Lima, é lá que se descortina “a revelação na poesia do feminino e da mulher”, que se estabelece a “linhagem da fascinação que se dá na troca e no encontro de corpo e alma, os dois batendo num só́ coração”.

O livro que a editora 100/cabeças acrescenta ao catálogo insurgente tem cuidado especial com encadernação em sanfona, que, retirada do estojo, abre-se como leque de cartas. Os dois textos espelham-se como duplos de uma moeda giratória, à própria sorte do leitor e intercalando as palavras do dramaturgo francês com os desenhos do português António Gonçalves, corporeidade transbordante que derretem por páginas (des)pautadas. O livro é carne sem corpo, desejante, plasmática, alquímica, consoantes com uma das definições do teatro pelo próprio Antonin Artaud, como “terra do fogo, lagunas do céu, batalha dos sonhos”.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Carta à Vidente
Autor: Artaud, Antonin; Lima, Sergio
Editora: Amelì / 100/cabeças
ISBN: 978-65-87451-00-8
Idioma:  Português
Altura: 23 cm
Largura: 15,5 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2020 
Número de páginas: 32

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