“A experiência da gestação, do corpo em mutação, vivido desde dentro, desde seus mínimos estalos e grandes mergulhos, esse tema tão intrinsecamente feminino e universal não está, entretanto, muito presente na literatura brasileira ou, se está, raramente se apresenta com a delicada violência que nos oferta a poeta Mônica de Aquino no livro Continuar a nascer. Uma terna violência, se assim podemos defini-la, pelo que há de mais intenso na experiência transformadora e irreversível que é a de dar a vida. Existe algo de iluminado e violento, ao mesmo tempo, nesse brotar de um sentimento que faz com que o sujeito se desprenda de si para desdobrar-se quase que inteiramente no cuidado com o outro, um ser em formação ainda despido de linguagem e de apego – no mesmo instante em que o corpo parece partir-se, e de alguma forma, perder sua metade, já desabitado: tanto o da mãe quanto o do bebê são subitamente lançados, após o parto, numa estranha orfandade, num estado de abandono, mesmo que transitório.

Os versos de Mônica revelam, junto de toda a beleza, que há algo assombroso nesse nascer de um coração minúsculo dentro do corpo onde há outro coração que bate, todo dia bate. O espanto da espécie, a intuição mais cortante que antecede a palavra, na hora do nascimento, talvez seja a de que cada coração precisa aprender a bater, dali em diante, numa fração de milésimo de segundo, frágil e rapidamente como asa de libélula, na solidão de um corpo que o acompanhará pelo resto da caminhada.”

Do prefácio de Prisca Agustoni.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Continuar a nascer
Autora: Mônica de Aquino
Editora: Relicário
ISBN: 97-865-50900-0-52
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 13 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2019
Número de páginas: 76

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Continuar a nascer

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“A experiência da gestação, do corpo em mutação, vivido desde dentro, desde seus mínimos estalos e grandes mergulhos, esse tema tão intrinsecamente feminino e universal não está, entretanto, muito presente na literatura brasileira ou, se está, raramente se apresenta com a delicada violência que nos oferta a poeta Mônica de Aquino no livro Continuar a nascer. Uma terna violência, se assim podemos defini-la, pelo que há de mais intenso na experiência transformadora e irreversível que é a de dar a vida. Existe algo de iluminado e violento, ao mesmo tempo, nesse brotar de um sentimento que faz com que o sujeito se desprenda de si para desdobrar-se quase que inteiramente no cuidado com o outro, um ser em formação ainda despido de linguagem e de apego – no mesmo instante em que o corpo parece partir-se, e de alguma forma, perder sua metade, já desabitado: tanto o da mãe quanto o do bebê são subitamente lançados, após o parto, numa estranha orfandade, num estado de abandono, mesmo que transitório.

Os versos de Mônica revelam, junto de toda a beleza, que há algo assombroso nesse nascer de um coração minúsculo dentro do corpo onde há outro coração que bate, todo dia bate. O espanto da espécie, a intuição mais cortante que antecede a palavra, na hora do nascimento, talvez seja a de que cada coração precisa aprender a bater, dali em diante, numa fração de milésimo de segundo, frágil e rapidamente como asa de libélula, na solidão de um corpo que o acompanhará pelo resto da caminhada.”

Do prefácio de Prisca Agustoni.

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Continuar a nascer
Autora: Mônica de Aquino
Editora: Relicário
ISBN: 97-865-50900-0-52
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 13 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2019
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