Juan Maria Guzamón Highirte, conhecido como Papa Highirte, é um ex-ditador que agora está exilado na fictícia república latino-americana de Montalva. Após ser deposto por generais de seu governo, Papa deixa sua terra natal, a também ficcional Alhambra, e passa a viver em um bunker com seus empregados Grissa e Morales, e com sua amante Graziela. Seu cotidiano é entremeado de memórias dos decretos e feitos “para o bem do povo de Alhambra”, até que um novo motorista chega para abalar suas certezas sobre si. O soturno Pablo Mariz, amante de Graziela, é interrogado por Papa e Morales, mas, apesar da desconfiança de ambos a respeito da origem do rapaz, consegue o trabalho. Ao longo da trama descobre-se a verdadeira intenção de Mariz: vingar-se de Highirte pela morte de seu amigo Manito.

Escrita em 1968 – um dos anos mais conturbados politicamente em todo o mundo – a peça foi intitulada em alusão ao ditador haitiano que governou de 1957 a 1971, François Duvalier, conhecido como Papa Doc, e tem três temas centrais: o declínio do populismo caudilhista, a organização das militâncias de luta armada e a influência da política externa estadunidense no continente americano. Personificando cada um desses assuntos em personagens bastante pitorescos, Oduvaldo Vianna Filho escreveu o trabalho teatral mais significativo sobre o esforço da esquerda perante o autoritarismo, a tortura e a repressão daqueles anos.

Liberada para publicação e encenação somente em 1979, no início da chamada redemocratização, "Papa Highirte" é, na opinião de muitos críticos, um retrato sintético e perfeito do panorama político das repúblicas latino-americanas. Cinquenta anos depois, a pertinência da leitura de "Papa Highirte" se amplia à medida que o Brasil se depara novamente com o peso do modelo estadunidense, com a concretude do revisionismo histórico acerca do período de governo militar e com a ascensão do autoritarismo na política. Em si, a nitidez e a sensibilidade da percepção de Vianna Filho a respeito das forças que estavam em jogo já permitem que a leitura de "Papa Highirte" seja imprescindível nos dias de hoje.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Papa Highirte
Autor: Oduvaldo Vianna Filho
Organizadora: Maria Silvia Betti
Editora: Temporal
ISBN: 978-85-53092-02-4
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 14 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2019 
Número de páginas: 120

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Papa Highirte

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Juan Maria Guzamón Highirte, conhecido como Papa Highirte, é um ex-ditador que agora está exilado na fictícia república latino-americana de Montalva. Após ser deposto por generais de seu governo, Papa deixa sua terra natal, a também ficcional Alhambra, e passa a viver em um bunker com seus empregados Grissa e Morales, e com sua amante Graziela. Seu cotidiano é entremeado de memórias dos decretos e feitos “para o bem do povo de Alhambra”, até que um novo motorista chega para abalar suas certezas sobre si. O soturno Pablo Mariz, amante de Graziela, é interrogado por Papa e Morales, mas, apesar da desconfiança de ambos a respeito da origem do rapaz, consegue o trabalho. Ao longo da trama descobre-se a verdadeira intenção de Mariz: vingar-se de Highirte pela morte de seu amigo Manito.

Escrita em 1968 – um dos anos mais conturbados politicamente em todo o mundo – a peça foi intitulada em alusão ao ditador haitiano que governou de 1957 a 1971, François Duvalier, conhecido como Papa Doc, e tem três temas centrais: o declínio do populismo caudilhista, a organização das militâncias de luta armada e a influência da política externa estadunidense no continente americano. Personificando cada um desses assuntos em personagens bastante pitorescos, Oduvaldo Vianna Filho escreveu o trabalho teatral mais significativo sobre o esforço da esquerda perante o autoritarismo, a tortura e a repressão daqueles anos.

Liberada para publicação e encenação somente em 1979, no início da chamada redemocratização, "Papa Highirte" é, na opinião de muitos críticos, um retrato sintético e perfeito do panorama político das repúblicas latino-americanas. Cinquenta anos depois, a pertinência da leitura de "Papa Highirte" se amplia à medida que o Brasil se depara novamente com o peso do modelo estadunidense, com a concretude do revisionismo histórico acerca do período de governo militar e com a ascensão do autoritarismo na política. Em si, a nitidez e a sensibilidade da percepção de Vianna Filho a respeito das forças que estavam em jogo já permitem que a leitura de "Papa Highirte" seja imprescindível nos dias de hoje.

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Papa Highirte
Autor: Oduvaldo Vianna Filho
Organizadora: Maria Silvia Betti
Editora: Temporal
ISBN: 978-85-53092-02-4
Idioma: Português
Altura: 19 cm
Largura: 14 cm
Edição: 1ª
Ano de lançamento: 2019 
Número de páginas: 120

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